“A insolvência entre a banca e o banco. Uma televisão de tecnologia de ponta e na outra ponta um fim-de-semana a leite e bolachas para todos.”
Os bancos portugueses estão a correr um risco incomportável e necessitam que as portas dos armazéns dos mercados se abram, de forma a alimentar o seu esqueleto e obter energia. Têm de trabalhar, para colocar em curso estratégias de captação de novos hidratos de carbono que encham os seus cofres, evitando assim a sua desidratação.
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Necessitamos de um carro para ganhar tempo, de tempo para pensar, de pensar para esquecer… e quando esquecemos, enfraquecemos e assinamos o que nos derem, o que nos faça sentir melhor, nem que seja só por hoje. É um termo de responsabilidade constante que nos culpa pelos nossos pecados e que nos tira o prestígio do que quer que possamos fazer para impedir e erradicar esta pandemia de consumismo.
A insolvência entre a banca e o banco. Uma televisão de tecnologia de ponta e na outra ponta um fim-de-semana a leite e bolachas para todos. Um filme a três dimensões. Na quinta real dimensão, a sobrenatural matemática alimentar, dividindo a refeição matinal em tantas refeições quantas as pessoas. Para o mais novo a parte maior.
Bem dizem os nutricionistas. O mais pequeno é o mais importante do dia.
in "Um momento, por favor…"
(c) 2011 Manuel Almeida