domingo, 28 de agosto de 2011

Impunidade

ma - impunidade

“Pergunto-me se não será apenas a ausência de amor sincero e a existência de um egoísmo doentio de quem não sabe nada sobre uma das maiores dádivas da vida: ser pai, ser mãe.”

(…)

Abraços começam num bom dia com um acordar carinhoso e matam o sono, abraços chegam ao início da noite para recarregam energias e matam saudades, abraços deleitam-se ao fim da noite trazendo as estrelas para os lençóis frescos, matam o cansaço numa noite de Verão. Mas há abraços que cobrem um corpo inocente do pior egoísmo humano e matam. Cenários de incógnita e choque que emanam um perfume que nos entra nas entranhas e nos leva ao coração a raiva e indignação.

Basta ler uma notícia assim para que, por breves momentos, a respiração se sustenha. Sentimos uma espécie de confusão no cérebro onde a massa cinzenta procura um resultado lógico para esta equação da vida. Porém, (…)

Amanhã temos de fazer um pouco melhor porque se não tocarmos o tempo a nosso favor certamente ele irá no sentido contrário. E “nosso”, não é o teu tempo, o meu ou o dele: é o nosso.

in "Um momento, por favor…"
(c) 2011 Manuel Almeida